Para um altruísta, o ato de fazer o bem não implica em receber gratidão. O bem-estar do semelhante é a grande recompensa e, por vezes, esse retorno pode ser amargo para quem praticou a caridade.
O altruísmo é um sentimento tão elevado em filantropia, que a própria satisfação pessoal - em resposta à ação - deixa de ter importância. O que vale é a felicidade do outro.
O físico-químico de nome, George R. Price ( 1922-1975) chegou a acreditar, por meio da teoria da evolução, que a caridade não seria uma particularidade do ser humano. Defensor da Teoria de Parentesco, Price afirmava que um ato altruísta subentendia uma forma de preservar a espécie. Grosso modo, altruísmo nada mais é do que uma estratégia "egoísta" de empenhar-se em assegurar a sobrevivência da linhagem.
Nesse entendimento, quando a mãe - em situação extrema -, deixa de comer para alimentar o filho, ela o faz para assegurar que seus genes não pereçam. Isso significa que a suposta mãe não ama o filho; ela o quer como mensageiro genético. Então, o altruísmo deixa de lado o amor, a misericórdia, a caridade, para ser unicamente instinto. Como a Neurociência vai explicar que só existe o cérebro primitivo? Pergunte aos darwinistas!
George Price se arrependeu e partiu para provar que aquilo que defendia não respondia muitas coisas inerentes às ações do Homo sapiens sapiens, único ser semelhante a Deus. Mesmo provocando revolta naqueles que compartilharam do seu pensamento, ele empenhou-se em reparar o seu equívoco. Convencido de que a bondade é um sentimento peculiar do ser humano, George Price, convidou mendigos para morar em sua casa, e se desfez de tudo que tinha. Apesar de ter sido roubado pelos seus hóspedes, ele nunca desistiu de provar que a bondade, misericórdia e amor só são cultivados no coração humano.
A paixão entra na categoria de sentimentos explosivos, temperados por agentes químicos, como as endorfinas e hormônios. É o sentimento que se baseia na satisfação do desejo, por isso, quem está apaixonado atira-se em busca da conquista da pessoa alvo. A paixão se encaixa nessas sensações agudas, tendo muito mais a ver com Eros, do que Pragma, Philia, Storge e muito menos Ágape. Sendo assim, está mais ligado ao sentimento que envolve estímulos sensoriais e psicológicos - agita-se quando vê a pessoa amada ou fica a devanear com o possível e impossível -, e todo empenho está em conduzir as ações para o retorno às suas investidas. A essência da paixão está no ato de que, o apaixonado, precisa consumar tudo que julga importante para si e a pessoa amada. Leia mais no livro ALTRUÍSMO, Além da paixão; editora biblioteca24horas ou googlelivros: Altruísmo.
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